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Incêndio em edifício da Patriotas assusta moradores

Um incêndio no apartamento 31 do Edifício Maria Fernanda, na Rua dos Patriotas, assustou ipiranguistas na madrugada desta segunda-feira (30).
As chamas começaram a se alastrar por volta das 3h da manhã e o incêndio foi comunicado por moradores de prédios vizinhos, que, aos berros, gritaram avisando para que a unidade atingida fosse evacuada. Não houve vítimas.
“Eu acordei as 3 da manhã com uns gritos, achei que era briga, até que abri a janela, já comecei a sentir cheiro do fogo e pessoas gritando. Aí eu falei “é fogo” estou sentindo cheiro, estou ouvindo pessoas gritando para descer”, contou Cláudia Cristina Soares, 30 anos, moradora do prédio onde ocorreu o incêndio.
Ainda, segundo ela, no corredor outros moradores já desciam trotando e desesperados para poder evacuar o local. “Como o fogo foi de um apartamento na frente, já estava caindo coisa queimada, vidro, em cima da gente e a gente não conseguia sair porque o portão, um abria e o outro fechava”, expressou, dizendo que a saída dos moradores chegou a ser dificultada por conta dos portões do edifício.
“É desesperador você sair do seu prédio, ver pegando fogo. Eu moro aqui há 30 anos”, concluiu ela, sobre a situação.
Thais Torres, 30 anos, também reside no edifício. “Eu acordei com o susto, com meu namorado na janela, eu escutando a gritaria e a vizinha batendo na porta. O desespero foi para sair de casa. Aquela sensação de “pelo amor de Deus vamos descer” e vamos descer todo mundo bem, salvo”, disse.
“Quando a gente desceu, foi aquela sensação de tristeza e desespero você vendo pegando fogo, mas graças a Deus, acho que a maioria das pessoas estão aqui embaixo”, completou Torres.
Fabio Roberto é Subsíndico do Maria Fernanda. À reportagem ele falou sobre o ocorrido. “O que aconteceu ainda é um mistério. Alguns dizem vela, carregador na tomada. O que a gente sabe é que começou o fogo em um determinado ponto, se espalhou muito rápido e a hora que a gente tomou conta da situação, o apartamento já estava totalmente em chamas e a única coisa a fazer foi chamar o bombeiro, porque não tinha o que o civil fazer. A hora que a gente descobriu, já estava generalizado”, afirmou.
Ele explica ainda que a situação é “muito triste” por que não se trata apenas do incêndio mas também da parte emocional e psicológica que envolve a situação. “Amanhã é resolver as demandas do que a gente vê e do que a gente não vê”.
Roberto apontou, ainda, sobre a importância da solidariedade dos vizinhos de outros prédios para ajudar a evacuar o edifício. “Foi fundamental, porque quem está dentro do prédio não consegue enxergar o que está acontecendo fora. Uma visão de fora foi fundamental para poder não ter nenhuma vítima e ter um desfecho minimamente satisfatório. Satisfatório era não ter acontecido nada, mas um desfecho sem vítimas, sem maiores problemas”, salientou.
O combate à chamas foi realizado pela equipe do Corpo de Bombeiros, que ainda não afirmaram quais foram as verdadeiras causas do incêndio.
Os apartamentos abaixo do quinto andar ficaram sem água por conta do derretimento da tubulação. A situação deverá permanecer até que as devidas soluções sejam realizadas. A energia do prédio onde ocorreu o incidente também foi apagada.

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