Com jornalistas sendo constantemente ameaçados, vítimas de retaliações e tentativas de intimidações, é preciso reafirmar a liberdade de imprensa como um pilar fundamental da democracia. Não há jornalismo de qualidade sem independência. Afinal, só assim é possível ter isenção, tão fundamental para a publicação de informação de qualidade. É assim que se conquista credibilidade e, consequentemente, a confiança dos leitores.
O poeta mineiro Ataíde Lemos diz: “A liberdade de expressão é um dos grandes pilares da democracia, bem como é um direito fundamental para a transformação social”. Essa frase explica o motivo pelo qual regimes autoritários buscam suprimir esse direito do povo. Cidadãos bem informados não servem como massa de manobra.
A independência da imprensa é um requisito básico e indispensável ao jornalismo. Cabe aos jornalistas levar os fatos ao conhecimento do público. Dessa maneira, cidadãos são capazes de formar a sua própria opinião e, com isso, ajudarem na construção de um País mais justo. É impossível dissociar o direito da população de se informar com o direito da imprensa de livre apuração da informação.
Em um País como o Brasil com 230 milhões de smartphones, a informação está ao alcance das mãos de qualquer cidadão. Todo mundo é absolutamente livre para escolher qualquer fonte de informação. Nesse cenário, as opções para os brasileiros se multiplicaram, assim como fake news (traduzindo para o português, as notícias falsas). Pior é quando elas são disseminadas por agentes públicos com interesses obscuros, como vem ocorrendo com frequência.
Em momentos como esse, é mais do que necessário fortalecer a imprensa. A Constituição de 1988 valoriza e garante o bom jornalismo, isento e independente. Por mais que milhares de pessoas critiquem a democracia, ela é o melhor de todos os sistemas e regimes políticos. Em tempos de fake news e novos desafios, a atividade jornalística é essencial para sua manutenção.
País forte e independente e imprensa livre são sinônimos de uma democracia cada vez mais sólida e estável. Ambos devem caminhar juntos.
A crítica é um direito de todos. O que não pode ser permitido são ataques à liberdade de imprensa. O único propósito de um veículo de imprensa é informar o seu público. Por isso, é necessário se adequar a todo instante às mudanças cada vez mais rápidas da revolução tecnológica em que vivemos. A trajetória pode ter percalços, mas a imprensa nunca pode deixar de ser livre e imparcial para que os cidadãos possam conhecer os fatos e, assim, opinar sobre eles, tanto nas urnas como nas ruas ou redes sociais.
As dificuldades são grandes, mas é preciso estar atento e nunca desistir. Manter a imprensa livre e independente é um compromisso com o povo brasileiro e com a democracia.
