Alex Rodrigues de Castro, de 29 anos, foi detido na tarde de sexta-feira (13) pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), furtando placas e letreiros de bronze retiradas das lápides de túmulos do Cemitério da Vila Mariana.
O criminoso foi preso em flagrante na quadra 79 terreno 31 do cemitério. Porém, um pouco mais abaixo, nas quadras 78 e 80, outros objetos de bronze já haviam sidos retirados de outras lápides e estavam acumulados.
Castro confessou o crime e alegou ser morador de rua em São Miguel Paulista. Ele foi encaminhado ao 8º Distrito Policial no Brás e permanece detido. Essa foi a segunda vez que o homem foi flagrado no cemitério da Vila Mariana. Antes ele já havia ficado preso por 2 anos pelo mesmo delito
Os casos de violação à túmulos é um problema antigo no cemitério. O Tribunal de Contas do Município constatou que ocorrem ao menos 108 furtos por mês nos cemitérios públicos de São Paulo. São 3,6 por dia. Entre os mais afetados, pelos dados oficiais, está o da Vila Mariana, com 72,5% das 542 ocorrências registradas entre janeiro e maio. Por essa razão os conselheros do Tribunal estão fazendo um levantamento para saber o porque de tantas ocorrências
A cena de túmulos violados, objetos de bronze e portão roubados são comuns no local. A situação tem deixado os familiares de pessoas ali sepultadas apavorados.
Para muitos o local precisa de mais segurança. “A invasão de ‘visitantes’ indesejados tem contribuído para os incidentes. Eu já fui ameaçada por traficantes, isso dentro do cemitério. Pediam dinheiro, e apontam facas ou facões”, disse Marilene Bueno. A mulher também alega que os guardas nada fazem para evirtar os danos.
As placas com nomes gravados e os crucifixos também são alvos da ação dos bandidos. “Primeiro levaram o crucifixo, agora arrancaram a placa com os nomes dos meus familiares. É lamentável”, disse Bárbara Sousa. Outro problema na região é os moradores de rua que circulam no interior do cemitério.
