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Em tempos de crise, devotos de Santa Edwiges fazem preces

Na sexta-feira (16), a Paróquia Santuário Santa Edwiges, no Sacomã, celebrou o dia da padroeira conhecida como protetora dos pobres e endividados. A santa, celebrada pela sua história e vida de caridade, tem sido a esperança de muitos ipiranguistas que acabaram desempregados ou endividados devido à crise financeira surgida com a pandemia.
O destaque ficou por conta da missa presidida por Dom Ângelo Ademir Mezzari, novo bispo auxiliar de São Paulo e vigário do Ipiranga. Com ênfase às comemorações dos 60 anos de existência, bem como na oração pelo fim da pandemia, os paroquianos, fiéis e devotos de Santa Edwiges visitaram o santuário ao longo do dia.
A igreja estava estruturada para receber os fiéis, seguindo as normas sanitárias orientadas pela diocese. Para isso, a comemoração foi diferente dos outros anos. As missas tiveram controle de fiéis e os bancos eram higienizados cada final de celebração.
Em sua homilia Dom Ângelo destacou a gratidão a Deus e a Jesus Cristo pelos sessenta anos da Paróquia Santa Edwiges na pessoa dos leigos e leigas, padres, religiosos e religiosas, que em cada pedra assentada construíram a comunidade Povo de Deus.
Dom Ângelo pincelou os aspectos da vida de Santa Edwiges que, desde adolescente, mãe, esposa e consagrada a Deus deu um testemunho da alegria e bondade, da humildade e partilha em resgatar a vida e dignidade dos súditos, respeitando a vida como bem partilhado e doado. Assim ela fez com sua riqueza e doação a Deus.
O bispo ainda agradeceu a presença apostólica dos Padres Oblatos de São José, que há 47 anos evangelizam o Sacomã e Heliópolis no Santuário Santa Edwiges cuidando da educação da juventude, dos adultos e das famílias em esquecerem-se da promoção social.
Nascida no período Medieval, em 1174, Edwiges foi uma mulher que marcou seu tempo. De família nobre, rica, assistiu a miséria a tomar formas diferentes nas pessoas que conhecia, convivia e amava. Aos 12 anos, casou-se com Henrique, duque europeu. Tornou-se então princesa da Silésia, país de Lebuska, atual Polônia. Eeducada no catolicismo e dona de uma fé inabalável, Edwiges aproveitava as prolongadas ausências do marido, que saía para lutar nas guerras, para visitar famílias em condições de miséria e buscar o socorro para cada uma delas.
Nessas visitas, descobriu que os maiores problemas enfrentados pelas famílias estavam relacionados à falta de dinheiro. Sem ter como pagar as dívidas, muitos eram presos e suas famílias ficavam abandonadas, sem ter a quem recorrer. Edwiges pagava as dívidas dos presidiários com o dinheiro de seu dote. Na época, a família da noiva oferecia um dote ao noivo mas, no caso de Edwiges, o marido deixou que ela usasse o dinheiro como quisesse.

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