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Museu do Ipiranga começa a receber suas obras de arte

Ah! Eles estão voltando para casa. Esse, com certeza, é o sentimento de cada funcionário do Museu do Ipiranga, de historiadores, técnicos e professores e, principalmente dos moradores do Ipiranga, ao receberem a notícia de que as obras de arte retiradas do Museu do Ipiranga há 9 anos, estão retornando. Algumas passaram por processo de restauração, enquanto outras foram retiradas e guardadas em casarões no entorno do Museu, uma vez que o prédio fechado em 2013, estava ameaçado de desabar.
Restaurado a um custo de R$ 211 milhões graças ao apoio de várias empresas via lei Rouanet (a lei permite que projetos culturais aprovados pelo Governo Federal sejam financiados por dinheiro devido ao imposto de renda e que, ao invés de irem para o caixa do Governo Federal, sejam investidos em projetos culturais), o museu está com 99% das obras de engenharia civil concluídas e muitas obras de arte que foram retiradas por questões de segurança já estão retornando para a grande reinauguração na festa do Bicentenário da Independência, em setembro.
Considerado o mais importante museu do País, o Museu do Ipiranga, administrado pela Universidade de São Paulo (USP), possui mais de 450 mil itens de grande relevância histórica. Na sua reabertura, segundo informações da historiadora e coordenadora do programa de exposições do museu, Vânia Carneiro de Carvalho ao jornal o Estado de São Paulo, 3.567 mil peças serão instaladas em 11 exposições de longa duração e que 90% dessas peças estão prontas a exemplo da tela “Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, 1500” do pintor Oscar Pereira da Silva (1867-1939). A tela foi pintada em 1922 e retornou ao Museu do Ipiranga essa semana.
O Museu do Ipiranga é um patrimônio cultural dos mais importantes do País e faz parte da vida cultural, científica e pessoal de milhares de brasileiros e notadamente ipiranguistas, como o Conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM), Domingos Dissei e o empresário Milton Bigucci. Dissei se declara feliz com a restauração do Museu. Engenheiro Civil por formação, durante as obras de reforma visitou oficialmente o local como membro do TCM, mas também porque o museu faz parte de sua história pessoal. Nascido no Ipiranga, Domingos Dissei lembra que seus pais se conheceram nos jardins do Museu, e que seu avô, Domingos Dissei, trabalhou na construção do Monumento à Independência. “Quando estudante do ensino primário visitei o museu algumas vezes, pois os professores de história traziam os alunos para aulas práticas no Museu, que sempre foi uma importante referência no bairro e uma presença marcante na minha vida. Isso sem contar que nos fins de semana o passeio pelos jardins do museu era emocionante”, diz, acrescentando ser importante saber que o museu e todo seu acervo estão salvos. “O Museu é uma instituição pública muito importante para a História cultural do País e para o Ipiranga”, sentencia.
Bigucci, que nasceu nas proximidades do Museu, lembra que todos os momentos de sua vida estão ligados ao Ipiranga e ao Museu. Foi no bairro onde conquistou seu primeiro emprego na Casa Freire (casa de ferragens), no Sacomã, e na Escola Modelo, na Via Anchieta, no Ipiranga, obteve seu diploma de contabilidade. “Foi esse diploma que me levou a trabalhar na Construtora Itapuã por 25 anos na rua Bom Pastor, 2.530. Fiquei lá até fundar a MBigucci”, diz, lembrando que jogou futebol pela OAB Ipiranga e há “mil anos” sou sócio do Clube Atlético Ypiranga.
Bigucci, que também estudou no Largo de São Francisco, diz que um dos seus passeios favoritos era visitar o Museu do Ipiranga “Ia até lá de ônibus. Adorava ficar olhando para o quadro “Independência ou Morte”, cheio de detalhes que faziam eu viajar no tempo. Foi visitando o Museu, lendo sobre os quadros que me tornei um apaixonado por história”, diz, acrescentando que todas as obras de arte de lá são espetaculares.
O empresário diz que falar do Museu é lembrar um dos momentos mais marcantes de sua vida. “Quando criança e adolescente, frequentei muito o museu do Ipiranga com meu pai, Roberto Scarpelli Amadeo Bigucci. Dele ouvir histórias de paixão pelo local e foram essas histórias que, poucos sabem, me levou a jogar suas cinzas no jardim do Museu do Ipiranga”, relata com forte emoção. Para Bigucci, que fundou o Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro do Bairro e foi presidente da Associação Comercial de São Paulo, Distrital do Ipiranga, o Museu é um grande patrimônio histórico, artístico e cultural do Brasil e, principalmente do Ipiranga. “Por essa razão sempre levei meus filhos, quando eram crianças, para visitá-lo”, diz, acrescentando que ver ele restaurado, preservado, “é uma satisfação e alegria e quero passar essa emoção de geração para geração, pois agora vou visitar o Museu com meus netos!

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