Desde sua morte em 16 de agosto de 2016, o cenário artístico brasileiro perdeu uma de suas grandes estrelas: Elke Maravilha. Difícil definir essa mulher que ultrapassou barreiras e ousou dar vazão à sua criatividade. Tanto nas passarelas e nos palcos como em sua vida pessoal. Elke Maravilha era única.
Nascida Elke Georgievna Grunnupp, em fevereiro de 1945, na Rússia, era filha de pai russo e mãe alemã. A família imigrou para o Brasil e instalou-se na região rural de Minas Gerais, onde Elke cresceu e criou suas raízes brasileiras. Como formação, ela estudou Letras e, conforme ela mesma dizia, falava nove idiomas: russo, português, alemão, italiano, espanhol, francês, inglês, grego e latim.
O passo rumo à carreira artística surgiu quando Elke tinha 24 anos; ela chamava a atenção por sua estatura e principalmente por ser loira natural. Brilhou nas passarelas – brasileiras e internacionais – desfilando coleções de badalados estilistas. No entanto, foi como jurada no “Discoteca do Chacrinha” que Elke ganhou mais popularidade, seu estilo inconfundível e sua voz suave fizeram com que se tornasse única.
Sempre fiel às próprias ideias, ela sempre emitia opiniões sinceras. Na vida pessoal, ela foi casada oito vezes.
Depois de 14 anos ao lado do “Paínho” Chacrinha, Elke Maravilha passou a atuar no SBT como jurada do “Show de Calouros”, de Sílvio Santos, no qual ficou famosa por ser carinhosa com os candidatos e generosa em suas notas. A partir de 1993, comandou o “Programa da Elke”, no qual entrevistava personalidades. Tudo sem perder o seu estilo. Figurinos e penteados sempre “poderosos”.
A artista também deixou sua marca no cinema e no teatro brasileiro. Elke Maravilha faleceu aos 71 anos devido a complicações após uma cirurgia de úlcera, realizada em junho de 2016. Ela sempre será lembrada por seu talento, sua beleza incomum e principalmente por sua irreverência e alegria de viver.
