O alto índice de emprego na cidade de São Paulo impactou na festa de Santa Edwiges, Padroeira dos pobres e endividados, cujo dia é celebrado pela fé católica em 16 de outubro. Em outros anos, a falta de oportunidades de trabalho, fez com que mais fiéis e devotos levassem à santa suas carteiras para que fossem abençoados.
Mas neste, o Santuário que fica na Estrada das Lágrimas, recebeu presença massiva de fiéis e devotos da região e de outras localidades da cidade, mesmo com o princípio de chuva, boa parte, para agradecer às Bênçãos alcançadas através de Santa Edwiges. O local sagrado fez uma grande festa para celebrá-la.
“Eu participo aqui nessa comunidade já tem mais ou menos uns 10 anos, eu sou devota de Santa Edwiges, alcancei várias graças através da fé e da interseção dela, então, todos os dias 16 [de outubro] eu venho”, contou Ednéia Geraldo Oliveira, que reside em São Miguel Paulista.
Enfermeira, ela foi para o Santuário direto do seu plantão. “Eu estou pós-plantão, mas eu faço questão de vir. Trabalhei a noite inteira, mas venho porque é um testemunho de fé e várias graças eu alcancei. ”, destacou Oliveira. “Eu recomendo e sempre venho”, concluiu. Para a mulher, Santa Edwiges é “sinônimo de amor, de doação”.
Missas aconteceram durante o dia inteiro na data, além da tradicional quermesse com as barracas de comes e bebes, além de outras diversões e atrações também fizeram parte da festança, contado com o apoio e participação dos presentes.
“A missa foi maravilhosa, muito potente, falou bastante comigo e a festa está linda, as barraquinhas, já comi, está uma estrutura muito gostosa. Vale a pena vir”, expressou Ivie Nascimento, 40 anos, natural de Santana do Parnaíba, mas que há alguns anos vai ao Santuário levando sua filha, Lorena, de 4 anos.
“Eu venho todos os anos, já há alguns anos, para agradecer, tem uns pedidos que eu faço, e esse ano em especial eu vim para agradecer a construção da minha casa”, afirmou ela, para qual Santa Edwiges significa “refúgio”. “Meu refúgio para os momentos de muita angústia, principalmente, ligado às questões financeiras”, disse.
Josefa Rosalina dos Santos Lima, 62 anos, e Cecilio Marcos de Lima, 69 anos, moram na região, são casados e estiveram presentes no dia de Santa Edwiges. A senhora conta que há 31 anos, quando chegou na região em uma situação difícil, frequenta o local religioso.
“Chegando aqui, Santa Edwiges me acolheu, os padres do momento, e eu estou aqui até hoje, agradecendo, vivendo, vivenciando cada momento, tentando seguir os passos dela [Santa Edwiges], porque, é uma super mãe, Santa, amiga, protetora”, destacou Rosalina, que elogiou a festa.
“Como sempre, muito boa, muito bem celebrada, porque o que importa é isso: a espiritualidade e está muito boa”, falou, sobre a festa.
“Eu me sinto muito bem. Santa Edwiges é nossa protetora e depois que eu comecei a frequentar aqui, mudou muito para nós e nós continuamos aqui, sempre, porque aqui é o nosso lugar. Nós temos que estar perto de Santa Edwiges”, salientou Marcos.
Os festejos ainda se estenderão para os dias 19 e 20 (sábado e domingo), das 17h às 22h, com procissão que acontecerá no último dia, às 15h.
Marcelo Ocanha, 50 anos, é Padre e atuou durante três anos no Santuário de Santa Edwiges, estando no local sagrado até janeiro deste ano, quando partiu para Cascavél, no estado do Paraná. Mesmo estando mais distante, ele encontrou um tempo para poder estar presente no dia de Santa Edwiges.
“Santa Edwiges é essa expressão de busca, que todos nós buscamos. Por um motivo ou por outro, o povo vem aqui, as dificuldades financeiras, as dificuldades familiares. A gente sempre insiste que Santa Edwiges, muito antes de ser a padroeira dos pobres, ela é promotora das famílias”, disse o Padre.