Cores e Pesadelos: Cena de um Crime
Assombrado pelo passado, o pintor impressionista Pablo Diaz passa a viver isolado em um sítio na ilha de Creta, na Grécia, e se envolve com a mística e com a natureza paradisíaca do local. Suas pinturas, repletas de cores, contrastam com uma existência conflituosa e seus vícios. O protagonista do livro “Cores e Pesadelos: Cena de um Crime” de Ricardo Carvalhaes Fraga é a peça fundamental de um jogo misterioso que inclui ganância, solidariedade e princípios éticos. A incorporação de temáticas como filosofia, arte, mitologia e religiosidade traz essência existencialista à obra narrada por Pablo, um homem atormentado pelo passado. Na trama, a rotina nebulosa, porém, pacata, do pintor toma um rumo inesperado a partir de um encontro com um misterioso empresário. Essa aproximação acaba envolvendo o protagonista numa trama criminosa e provoca uma situação de perigo extremo, que o coloca como perseguido. Ao longo da narrativa, os princípios e a conduta moral de Pablo o levam a um conflito que se estabelece a partir de uma rede de mentiras e traições. Para encontrar respostas, o artista percorre caminhos que se entrelaçam em um emaranhado de analogias mitológicas, envoltas em suas próprias contradições, que o levam a situações de risco. O livro tem todos os requisitos para ser apreciado por leitores de romances clássicos de Agatha Christie e das análises filosóficas de Friedrich Nietzche. A percepção niilista da personagem Ekaterini, com quem Pablo acaba se envolvendo, o induzem à tomada de decisões, e ele passa a agir na busca de uma saída que o livre de seus pesadelos reais e imaginários. No enredo, fica evidente que tomar decisões adversas aos próprios ideais, mesmo com a intenção de fazer o bem, pode desencadear situações inesperadas. Durante a narrativa, o leitor coloca-se em uma posição de expectativa. Com 160 páginas, o livro é da Editora Autografia.