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Tristeza ou Depressão?

“Hoje tô meio deprê”! Quem nunca se utilizou dessa expressão para descrever os dias em que está se sentindo mais triste, desanimado ou até apático? Bastante comum, não é mesmo? Mas, como saber se a tristeza é ou não um caso de depressão? É sobre isso que vou esclarecer no Psico News de hoje.

Ser demitido, descobrir uma doença grave, perder um ente querido, todos estes fatos são motivos para nos deixar tristes. A tristeza é um sentimento momentâneo, considerado saudável e até importante para a elaboração dos sofrimentos ocasionais. As pessoas atingidas por esses incidentes críticos atravessam uma fase de sofrimento e angústia que pode se prolongar por um determinado período de tempo (alguns meses), mas, gradativamente, tendem a se reestabelecer na vida, retomando assim ao ritmo normal.

Contudo, se esse quadro se prolonga e é muito intenso, é importante estar atendo a 4 aspectos que diferenciam uma tristeza situacional de um possível quadro depressivo: São eles:

 Deixou de sentir prazer nas coisas da vida. Nada tem mais graça.

 A capacidade de realizar tarefas rotineiras está comprometida. Não demonstra mais energia ou foco.

 Apresenta alteração no sono ou apetite (para mais ou para menos).

 Percebe o futuro com desesperança. Pensamentos e desejo de sumir ou até de morrer.

Esse mecanismo não funciona como diagnóstico definitivo, mas se você se identificou com todos ou a maioria dos aspectos mencionados, é importante buscar ajuda de um profissional especialista na área de saúde mental, no caso um Psiquiatra ou Psicólogo.

O indivíduo adoece não somente pelo excesso de tristeza, mas principalmente pela falta de prazer nas coisas. De um modo geral, o quadro depressivo prejudica nosso funcionamento cognitivo e altera nossas emoções, nos tornando indefesos e vulneráveis para encarar as adversidades da vida.

Pensamentos disfuncionais como: “Não tenho prazer para fazer mais nada”, “Sou incapaz”, “Não sirvo para nada e nem ninguém”, “O mundo não sentirá minha falta”, são bem comuns na Depressão e eles são responsáveis por manter a indivíduo nesse quadro patológico.

Mas aqui vem a boa notícia, a pessoa não “É” depressiva, ela “ESTÁ” depressiva! Ou seja, com tratamento psicológico, combatendo esses pensamentos e comportamentos disfuncionais, somados, em alguns casos, a medicamentos, é possível evoluir e sair dessa.

Para os que convivem com pessoas que estão depressivas, recomendo que é preciso evitar o preconceito, invalidação ou desqualificação da dor. Isto só contribui para o agravamento do quadro. Busque apoiá-la, incentivando a procura por ajuda profissional, além de reconhecer e contribuir para os avanços, por menor que eles sejam.

Acredite, o mundo cinzento e nebuloso do indivíduo acometido pela depressão poderá sim voltar a ficar colorido e prazeroso!

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