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Cia da Tribo apresenta Água Doce no Parque

A Cia da Tribo segue em temporada do espetáculo Água Doce, voltado ao público infantil. No dia 4 de agosto, às 11h e 16h, a peça chega ao Parque Independência com entrada gratuita. O espetáculo conta a história de uma família mitológica que se dedica a cuidar das águas. Com texto, cenografia, figurinos, trilha sonora e criação de bonecos originais, o espetáculo traz quatro personagens – Iara, Abaré, Cacira e Xirú- que se aventuram para proteger os rios. Iara, a Mãe do Rio, é amaldiçoada ao matar sua irmã, Cacira, e sua amargura deixa um rastro de destruição, com o rio poluído e sujo. Seu irmão, Abaré, enviado pelo pai Xirú, se aventura por correntezas e turbulências para reencontrar sua irmã e dar nova vida aos peixes e ao rio. Na trajetória, encontra seres da cultura indígena que o ajudam na jornada, como o Cabeça de Cuia, o Jaguarão, o Pirarucu, entre outros.
As apresentações ao ar livre integram o projeto Água Doce, contemplado pela 6ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo, e abrangem parques localizados nas regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro da capital. Os parques que recebem o espetáculo têm ligação com o tema, tendo rios em seu território ou em seu subterrâneo.
O espetáculo traz influência da cultura popular, lendas indígenas, mitos ribeirinhos e nordestinos. A peça conta a história de quatro personagens de um povo inventado- Iara, Abaré, Cacira e Xirú- inspirado em seres mitológicos. Iara, a deusa das águas, se destaca entre seus irmãos e tem seu valor reconhecido pelo seu pai, conhecido como Xirú, que a escolhe para cuidar das águas. Nesse momento, ela é atacada por sua irmã, e ao se defender, acaba matando-a ao derrubá-la no rio.
A Cia da Tribo começou a pesquisa para Água Doce há mais de um ano. Encontraram o artista visual Adriano Castelo Branco, educador e criador de esculturas lúdico-sonorasconstituídas de materiais de descarte e reutilizáveis. Para o espetáculo, Adriano e a Cia da Tribo buscaram na Cooperativa de Catadores de Guarulhos materiais como fitas métricas, talheres, matrizes de garrafas pet, microfone, tachinha de lata, entre outros. Inspirado pelos personagens folclóricos e da cultura indígena, Adriano criou especialmente para o espetáculo 14 ‘criaturas instrumentosas’, algumas em grandes dimensões.

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