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Carcaças de carros abandonados aumentam nas ruas da região

Parado há anos na rua Tito Oliani, carros abandonados estão sem as rodas e os vidros e acumulando lixo. O que algum dia rodou por aí como um respeitável carro de passeio hoje é uma assombração mecânica, completamente suja e enferrujada.
Cenas parecidas se repetem em muitos pontos da região. Na rua Mura a carcaça de um fusca ocupa a esquina da via há meses. Na rua dos Cariris Novos, o mato está tomando conta de um caminhão vermelho estacionado na via por mais de 2 anos. O veículo de grande porte ainda tem um adesivo de uma empresa, da qual possivelmente fazia parte da frota.
São veículos como esses que ajudam a alimentar a frota-fantasma nas vias do Ipiranga. A fiscalização da Prefeitura Regional do Ipiranga adesivou no mês de outubro, apenas na região do Heliópolis mais de 50 carros abandonados. O trabalho é como enxugar gelo. Uma questão que dificulta a agilização do processo é a burocracia. Demora muito tempo para que o poder público possa tomar uma providência. A novela dura em média três meses para chegar ao fim. Depois de cinco dias estacionado num mesmo lugar, um carro pode ser denunciado. Um fiscal comparece ao local para avaliar a situação e, se comprovada a suspeita de abandono, deixa uma notificação grudada na porta do modelo. Passados mais cinco dias úteis, caso a situação persista, a regional responsável pela área pode retirar o veículo e mandá-lo para um dos 31 depósitos municipais. Se quiser reaver o bem, o proprietário terá noventa dias para pagar uma multa de 12 mil reais. Poucos fazem isso, pois o valor desses carros costuma ser menor do que o da infração. A etapa final consiste no leilão da sucata. Um quilo de ferragem é vendido, em média, por 30 centavos. Com isso, os carros em média valeriam no máximo 500 reais.

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