Cão preso em galpão fechado causa revolta

Um cachorro da raça Pastor Alemão vem causando comoção nos moradores do Ipiranga. O animal está preso em uma empresa desativada há meses na rua Cipriano Barata, 781. O caso ganhou as redes sociais e já tem várias pessoas se oferecendo para adotar o cachorro.
De acordo com a vizinhança o cão está sofrendo maus tratos trancafiado dentro de um galpão vazio, sujo e com ratos que circulam pela área. “Ele [cachorro] late o dia inteiro. Não é uma situação humana. Um dos vizinhos trouxe água e comida para ele de uma só vez ele bebeu 2 litros de água e comeu toda a ração. Claro que estava com sede e fome”, defendeu uma moradora que não quis se identificar.
Segundo relatos de moradores e trabalhadores das empresas que ficam localizadas na via, diariamente um rapaz vem alimentar e dar água ao cão. Ao ser questionado sobre a permanência do cachorro no local, o rapaz informou que “o animal é um cão de guarda treinado para essas situações e que veio de um canil localizado em Cotia”. O rapaz ainda completou informando que “o cão está no espaço para evitar invasões e permanecerá no local por tempo determinado até o proprietário do imóvel conseguir toda a documentação junto a Prefeitura para dar início à obra no galpão”.
“Independente do objetivo o cachorrinho está sozinho, em um lugar que oferece perigo à saúde dele, pois está cheio de ratos, e não tem o básico para um animal. O galpão está sem ventilação adequada e cheirando mofo, senão for maus tratos é o que? Excesso de amor?. E se realmente ele for um cão de guarda, a empresa tem que ser processada. Pois ainda estão ganhando dinheiro em cima dos maus tratos deste cachorro”, indagou uma moradora da rua Cipriano Barata.
Com o desespero e a mobilização dos moradores e protetores dos animais, dois informativos em folhas de sulfite foram colocados no imóvel com as frases: “cão bravo” e outro escrito “bem tratado”. Os vidros quebrados, por onde os moradores acompanhavam o cachorro foi fechado com madeiras. Ninguém sabe informar quem é o dono do imóvel.
Há vizinhos que defendem a presença do animal com medo de invasão. “Vejo um senhor vir todos os dias alimentar ele. No meu parecer não tem maus tratos. É uma maneira de inibir a invasão e garantir a segurança de quem mora no entorno. Não é nada definitivo apenas uma medida temporária até acertar a documentação da empresa”, defendeu um morador.