Av Nazaré continua sem fiação aterrada

Promessa feita pela Enel Distribuidora de energia na capital, em setembro do ano passado e noticiada na época pelo Ipiranga News News, o aterramento da fiação elétrica na avenida Nazaré, ainda não foi concluído.
A empresa, no entanto, afirma que a primeira etapa das obras, teria tornado subterrânea sua rede em 1,6 quilômetro de vias da região. Porém, o que se percebe que a fiação permanece exposta. Em comunicado, a distribuidora informou que sua fiação será subterrânea em, aproximadamente, 3,6 quilômetros de vias no bairro, um quilômetro mais do que anunciado há quase um ano, mas não menciona quando o plano estará integralmente concluído A época ela informou que seria na data de comemoração do Bicentenário da Independência. A empresa afirma que “toda a rede de energia já está subterrânea” nas ruas Leais Paulistanos
(entre Praça do Monumento e Rua Bom Pastor), Sorocabanos (entre Praça do Monumento e Bom Pastor), avenida Nazaré (entre Pouso Alegre e Padre Marchetti), Patriotas (entre Praça do Monumento e Bom Pastor) e Padre Marchetti (entre avenida Nazaré e Xavier Almeida), diz a companhia de energia.
Nessa vias, conforme a distribuidora afirma, muitos fios ainda estão em via aérea.
A distribuidora reforça que ouso dos postes é compartilhado
com empresas e entidades terceiras e para que a Enel possa removê-los, nessa primeira fase de obras, é necessário que as empresas de telecomunicações e a Prefeitura de São Paulo concluam suas obras para enterramento das fiações de telefonia, fibra óptica, iluminação pública, rede semafórica e sistema de trólebus. O que está previsto ara acontecer no final de agosto.
Portanto, segundo a própria empresa, ainda que não por sua responsabilidade, a primeira etapa da obra não foi concluída. No trecho da avenida Nazaré que ladeia o Museu, parte das ligações, de fato, como afirmou a Enel, já é subterrânea. “Aqui, já faz duas semanas”, diz Renato Perondi, que trabalha há 9 anos em uma concessionária de veículos em frente ao bosque do Museu. Mas, mesmo ali, a fiação elétrica permanece aérea, aponta.
“Vi recentemente escavações da Enel nas proximidades do Museu. Mas não vi aterramento. O único trecho em que não se vê
fiação elétrica é na rua dos Patriotas. Mas lá é assim há muitos anos”, afirma o taxista Jarbas de Macedo, de 50 anos, que percorre diariamente 100 quilômetros de vias só no Ipiranga.
O plano de aterramento de sua fiação foi informado pela Enel ao Ipiranga News em 2021 e, a partir do comunicado da empresa e de entrevista com o responsável pela infraestrutura da distribuidora de energia na época, Vicenzo Ruotolo, foi tema de reportagem foi abordado na edição de 14 de setembro do ano passado.
Na ocasião, a empresa afirmou que o aterramento da fiação se daria em 2,6 quilômetros de vias do bairro – um quilômetro a
menos que o plano relatado pela Enel na última terça-feira em resposta a solicitação do jornal. A obra estaria concluída em setembro, antes da reabertura do Museu Paulista, conforme dito
pelo seu porta-voz.
“Acho que não vai dar tempo, já que faltam 40 e tantos dias para a reabertura do Museu”, diz o pipoqueiro Jeniel Estrela de Albuquerque, de 30 anos, que trabalha há cinco anos em frente ao hospital Ipiranga e que acompanhou a construção dos dutos subterrâneos na avenida Nazaré. “Eles fizeram obras até o McDonalds (altura da rua Dr. Elísio de Castro). Tomara terminem a tempo, pra ficar bem bonito, atrair turistas e a gente vender pipoca.”