Idealizada por Marylandes Grossmann, parkinsoniana, aos 43 anos de idade, em dezembro de 1985, a Associação Brasil Parkinson que completa 38 anos de existência, é pioneira na América Latina e atende exclusivamente pessoas portadoras da doença, oferecendo atividades orientadas por profissionais capacitados em diversas áreas.
Nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, educação física, dança sênior, coral e grupo de apoio psicológico ao cuidador, são algumas das especialidades que trabalham com quem tem a Doença de Parkinson na Associação.
Katia Tanaka, de 43 anos é professora de educação física, doutora em Parkinson e atua na Associação há 14 anos. Responsável pelas atividades relacionadas à educação física, ela atua para levar melhor bem-estar e qualidade de vida para as pessoas que frequentam o local.
No dia em que a reportagem esteve na Brasil Parkinson, os frequentadores jogavam Ping Pong, ação que acontece às quintas e sextas-feiras, com a supervisão de Kátia Tanaka e Laio Vieira, professores que trabalham na entidade.
“Cientificamente falando, ainda não há estudos que comprovem o que o Ping Pong faz em relação à doença de Parkinson, mas a gente tem observado no nosso dia a dia, que tem uma aderência dos pacientes muito grande nessa atividade, porque é um esporte divertido, que remete muito à questão da infância e que muitos já praticaram em algum momento”, destacou Tanaka.
“Para mim é algo muito gratificante estar aqui com eles, além de poder contribuir um pouquinho com a sociedade. Muitas vezes, a gente consegue recursos através da sociedade, então a gente tem que devolver isso de alguma forma, é uma forma de ajudar a comunidade”, afirmou ela.
Laio Vieira, atua com Katia e é técnico de tênis de mesa, bacharel em Educação Física. “Acho que jogar ping pong ajuda muito, porque o nível de concentração é muito grande, então, na hora que eles vão jogar acabam segurando um pouquinho o tremor, porque a concentração é muito grande e a vontade de acertar a bolinha é maior ainda”, pontuou.
A casa, conforme já comentado, também trabalha em outras frentes, como a fisioterapia, área considerada indispensável aos pacientes. Os atendimentos são diários, individualmente ou em grupo. Também são oferecidas atividades de oficina de artes como pintura, artesanato e origami, que são especialmente voltadas para melhorar a coordenação motora do parkinsoniano.
Carmen Galluzzi, de 63 anos, foi diagnosticada com Parkinson há 15 anos e conheceu a Associação há 8 anos. “A Associação Brasil Parkinson é muito importante na minha vida. Foi o divisor de águas. O antes e o depois. Sou muito grata, participo de tudo, gosto de colaborar, sou voluntária, me dá muito prazer e isso me ajudou muito na minha recuperação”, explicou Galluzzi.
“Depois que eu conheci nunca mais saí daqui. Não é só o remédio. O Parkinson, além da medicação, tem a psicoterapia, fisioterapia, fono, educação física, […], porque como o Parkinson é uma deficiência da Dopamina, que é um neurotransmissor, responsável pela coordenação motora, nós temos que fazer vários exercícios, ficar em movimento, para poder fabricar a Dopamina”, conlclui.
A ABP promove palestras periódicas, reuniões, eventos comemorativos e sociais. Edita informativos, manuais de orientação e a Revista Beija-flor. Através de convênios com universidades, a fisioterapia e a fonoaudiologia oferecem estágios e cursos especializados em todos os níveis da formação acadêmica.
A Associação Brasil Parkinson tem o título de Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal, é considerada de fins filantrópicos pelo Conselho Nacional de Assistência Social e não tem fins lucrativos.
“A doença de Parkinson precisa de um tratamento medicamentoso, mas ela também precisa de tratamento por exercício, então, não adianta só tomar o remédio e ficar sentado em casa, que o remédio sozinho, infelizmente, não resolve tudo. Os pacientes precisam de uma equipe multidisciplinar, então, aqui na Associação Brasil Parkinson é o único lugar em São Paulo e eu diria que no Brasil, especializado na doença de Parkinson”, destaca Erika Tardelli, fisioterapeuta e presidente da Associação.
Para participar das atividades da Associação e se tornar um associado, o paciente precisa, apenas, de um encaminhamento do médico neurologista, dizendo que a pessoa tem doença de Parkinson, com o diagnóstico atestado e o CID (Classificação Internacional da Doença).
O espaço, também conta com atividades para os familiares e cuidadores dos acometidos de Parkinson. A Associação fica na Av. Bosque da Saúde, 1155.
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