Bom voto, Brasil!

No domingo (7), milhões de brasileiros vão às urnas para votar para presidente, governador, senador e deputados federal e estadual. Essa é uma das eleições mais acirradas da história recente do Brasil. O clima é de indefinição.
A tensão se intensificou quando a Justiça barrou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Depois, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), candidato à Presidência, levou uma facada na barriga, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
Esses fatos fizeram com que a parcela de eleitores indecisos crescesse exponencialmente nos últimos dias, aumentando o ambiente de indefinição. Pesquisas de intenção de voto apontam que Jair Bolsonaro já assegurou sua passagem para o segundo turno. Nessa hipótese o adversário do deputado federal poderia ser Fernando Haddad (PT), que consolidou sua posição em segundo lugar nas pesquisas, Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB). Já Marina Silva (Rede) aparece nas pesquisas com poucas chances de ir ao segundo turno.
Por conta disso, tem muito candidato pregando o “voto útil” no domingo. Ou seja, que o eleitor não escolha aquele que acha o melhor para o governar o Brasil, mas sim o candidato com mais chances de derrotar “Fulano” ou “Sicrano” no segundo turno. Os eleitores brasileiros precisam pensar bem em quem vão votar, conhecer bem os seus candidatos, quais são as suas propostas e quem está ao seu redor. Nessa hora, não se deve ceder a pressões. É a consciência de cada um que tem de ser decisiva.
Entre os indecisos, destacam-se as mulheres. O eleitorado feminino, inclusive, pode ser o responsável por decidir a eleição, apontam especialistas. O percentual de mulheres que declararam ao instituto Datafolha que não iriam votar em ninguém, não sabiam em quem votar ou votariam em branco/nulo é de quase 20%.
É fundamental que o eleitor vote naquele candidato que acredita reunir as condições necessárias para administrar um país com as dimensões continentais do Brasil e com tantos problemas a serem resolvidos. O Brasil precisa de um presidente competente e com capacidade para reunificar um país dividido.
O escolhido tem de ter propostas claras para governar. Quando chegar ao Palácio do Planalto, não poderá fazer concessões a partidos políticos que provoquem mudanças de rumos, alianças incoerentes e atitudes que afrontaram seu programa. Os partidos são o pilar de sustentação da democracia. É necessário que sejam fortes, honestos e digam ao povo quais são suas propostas.
O eleitor também tem de ficar muito atento na hora de escolher os seus candidatos a governador, senador e deputados. São cargos de extrema importância. Eles não apenas compõem o cenário político, como são peças fundamentais na engrenagem que pode fazer o Brasil avançar. Como o eleitor escolherá seis candidatos, não custa lembrar que a “cola” sempre ajuda na hora do voto. Leve anotado os números dos seus candidatos e faça a sua parte para transformar o Brasil em um país melhor.