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Manifestação contra corte de árvores na Sena Madureira termina em confusão

Durante uma manifestação realizada nesta quinta-feira (7), na Sena Madureira, contra os cortes de árvores que estão acontecendo no local para obras do futuro Complexo Sena Madureira, guardas da GCM utilizaram spray de pimenta para conter os manifestantes.

Por volta do meio-dia, a vereadora eleita Renata Falzoni (PSB) foi arrastada e imobilizada a força por guardas quando tentava impedir o abate das espécies arbóreas no local. Ela relatou ter sofrido lesões na coxa esquerda durante o incidente, outros ativistas presentes também relataram ter sido contidos.

Mesmo com as tentativas de impedimento do abate de árvores, quatro foram derrubadas, sob protestos. Os serviços na Sena Madureira iniciaram na quarta-feira (6).

Porém, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), recomendou à Prefeitura a paralização imediata das obras que estão acontecendo na via, “considerando-se as discussões ambientais, viárias e contratuais que se sobrepõe às obras que estão em andamento, até que se produzam estudos técnicos mais detalhados pelos órgãos públicos competentes acerca dos impactos socioambientais e urbanísticos que eventuais construções e intervenções possam ocasionar na degradação do referido bioma.”

Além dos problemas com a biodiversidade, a construção do complexo afetará também a habitação, uma vez que, duas comunidades instaladas há pelo menos quatro décadas na região – Souza Ramos e Luiz Alves – também deverão ser removidas.

Moradores reclamam que 150 famílias vão ter que se mudar e não foram avisadas oficialmente, além do que, um plano de remanejamento não foi apresentado.

A gestão de Ricardo Nunes garante que nenhuma família ficará desalojada, e que os moradores terão duas opções: receber uma indenização ou aceitarem a realocação em uma nova moradia. A Prefeitura disse também que vai preservar 362 árvores existentes no local, e compensar os cortes previstos com o plantio de 266 mudas, dentro do perímetro da obra.

Segundo a administração municipal, não foi confirmada a existência de nenhuma nascente hídrica na área, o que implicaria na preservação permanente do espaço.

Com informações de Portal G1

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