Adiadas por causa da pandemia do novo coronavírus, as eleições municipais começaram para valer no último dia 26 de setembro, com o início da propaganda eleitoral. Em todo o Brasil, são quase 148 milhões de eleitores aptos a comparecer às urnas. O primeiro turno, que deveria ocorrer em 4 de outubro, vai ser realizado em 15 de novembro. Já o segundo turno passou de 25 de outubro para 29 de novembro.
Mais do que em eleições anteriores, este ano o eleitor tem de ficar muito atento às fake news, ou seja, as notícias falsas. Não à toa, o Tribunal Superior Eleitoral fez uma parceria com WhatsApp, Facebook e Instagram na quarta-feira (30) para combater a disseminação de fake news, de disparos em massa, e também para divulgar medidas de segurança para o combate à covid-19 durante as eleições municipais.
O WhatsApp, inclusive, colocará à disposição dos eleitores um canal de comunicação para receber denúncias de contas suspeitas de fazer os chamados disparos em massa, que são proibidos por lei. Sempre que receber uma mensagem que cause estranheza e desconfiança, o eleitor deve buscar os canais competentes, que vão esclarecer o que é real e o que é falso.
As redes sociais fazem a parte do cotidiano de todo mundo. São uma ferramenta com papel agregador e fundamental à sociedade atual, principalmente em meio a uma pandemia. O problema é que muitas vezes elas são utilizadas de maneira ilegal. No período eleitoral, notícias falsas são ainda mais danosas porque ferem a democracia e provocam desequilíbrio na disputa. Quem utiliza as redes sociais para trapacear uma eleição está, na verdade, cometendo um crime contra a democracia.
Vivemos um momento único, com as pessoas ficando mais tempo em casa devido à pandemia. Isso, inclusive, mudou a maneira de os candidatos fazerem campanha. O tradicional corpo a corpo vai dar lugar a encontros virtuais com os eleitores. Nesse cenário, a campanha pela televisão volta a ganhar ainda mais força. Tudo isso, no entanto, não muda a essência do processo eleitoral.
Todos os anos, o que não faltam são candidatos que têm se apropriado de símbolos de algumas instituições na tentativa de alavancar candidaturas. Existem até aqueles que se lançam como salvação e cura em meio à pandemia.
Cabe a todos os eleitores analisar com muita cautela cada candidato, sua história e suas propostas. Aventureiros que tentam se aproveitar da ingenuidade e desatenção de muitos eleitores têm de ser menosprezados. O voto de cada um é muito valioso.
É inegável que, nos últimos anos, o Brasil teve avanços significativos para a consolidação da democracia, mesmo com alguns tropeços no caminho. As eleições são o ponto alto de qualquer nação. É quando se faz valer a vontade soberana do povo. Por isso, é o momento de união de todos para preservar tudo o que foi conquistado pelos brasileiros com muito suor e sangue. Não custa lembra que, não faz tanto assim, há menos de quatro décadas, o Brasil viveu sob uma ditadura militar.
