Destaque

Comunidade reclama de abandono do CDC Maria Estela

O que deveria servir para o lazer da comunidade transformou-se em foco de muitos problemas. O espaço do Clube Desportivo Municipal (CDC) Jardim Maria Estela, localizado na rua Sebastião sarmento Mena, 58, é alvo de reclamações da vizinhança. Além do abandono do local, a comunidade se queixa de ‘abuso de poder’ da atual administração.
Segundo os moradores da região e frequentadores do local há mais de 20 anos, o equipamento está sem manutenção e vem piorando a cada dia. “Precisamos do espaço, pois não existe outro lugar próximo para lazer das crianças. Porém, a comunidade nunca é ouvida. O CDC está morrendo. Muito triste”, lamentou Gislene Oliveira de Campos.
Os banheiros não têm pia, o mato está alto, os bancos da quadra estão quebrados, o chão da quadra com grandes rachaduras e não existe bebedouros no local. Quem precisa lavar as mão ou beber água tem que utilizar um único tanque que fica próximo a quadra de futebol.
De acordo com a Secretaria de Esporte e Lazer os Clubes da Comunidade (CDCs) têm um sistema diferente de gestão. São unidades esportivas em terrenos municipais, mas a administração é indireta. A gestão do espaço é feita por entidades da comunidade local com reconhecida vocação no trabalho esportivo, legalmente constituídos em forma de associação comunitária eleitos pela própria população do bairro. O que segundo os moradores isso não vem acontecendo. “A comunidade cobra uma reunião e revitalização do espaço, mas nada é feito. O CDC é um equipamento para a comunidade, mas cada dia que passa estamos sendo eliminados de lá. Não participamos mais da eleição da diretoria e nem das reuniões mensais que eram de domingo e agora acontecem de segunda. Chegamos para utilizar o local no começo do ano e estava fechado. Quem cresceu participando das atividades do CDC está sofrendo bastante”, explicou Gislene.
Outra questão levantada é o uso de uma verba liberada para o local em 2014 no valor de R$ 99.903,86 para manutenção de gradil, portão, salão de festas, quadras, banheiro e vestiário. “Nada foi feito. A única coisa párea que passou por reforma foi a quadra, e parte do portão, só. O vestiário é usado por meninos e meninas, não é legal”, disse Jeslene.
A locação do espaço também é questionada pela comunidade. No ano de 2017 a área verde onde um dia existiu um parquinho, mas foi tomada pelo mato foi locada para barracas da feirinha da madrugada. “A ação não é permitida. O espaço só pode divulgar trabalhos de moradores”, afirmou a comunidade.
A retirada da lanchonete que há 21 anos está no local com a proprietária Maria Sandra Rosa também revoltou os moradores que fizeram um abaixo assinado. Em 3 dias recolheram 480 assinaturas. “Eles querem tirar a lanchonete e fazer uma sala de computação, mas não é isso que a comunidade quer. Até porque tem espaço no prédio para a sala de computação sem eliminar o local de refeições. A lanchonete é o ponto de encontro, não é justo nem com a Sandra e muito menos com a gente”, afirmou Jeslene Fátima Carvalho.
Em resposta a Secretaria de Esporte e Lazer informou que “a zeladoria do local cabe à gerência do espaço. Da mesma maneira, o interesse na renovação do contrato de locação da lanchonete também parte da equipe que administra o local. Os voluntários que oferecem atividades regularmente no clube estão de férias. Porém, o clube permanece aberto para o uso da população e as atividades logo terão reinício. Vale ressaltar que a Secretaria Municipal de Esportes exerce somente a fiscalização sobre a aplicação de 40% das atividades voltadas à própria comunidade, sem poder interferir de outra maneira na grade. Com relação às obras, informamos que as mesmas foram realizadas a contento e as reclamações dos moradores não procedem. Esclarecemos que o processo da obra é o de nº 6019.2016/0000578-0, disponível no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), podendo seu conteúdo ser visualizado mediante pedido”.

Artigos relacionados

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo